AMBIENTRANS - Incorporação da Dimensão Ambiental ao Planejamento do Sistema de Transmissão

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O projeto “Incorporação da Dimensão Ambiental ao Planejamento do Sistema de Transmissão” – AMBIENTRANS desenvolve uma metodologia aplicável ao processo de planejamento dos sistemas de transmissão de energia elétrica, com o objetivo final de minimizar seus impactos socioambientais negativos. São apontados os critérios que devem ser considerados nos estudos de transmissão para permitir a análise integrada de aspectos de engenharia, econômicos e ambientais, como:

Impactos Negativos

Elementos de Avaliação

Interferência sobre o modo de vida da população

Localização de núcleos urbanos, aglomerações populacionais, quilombos, terras indígenas

Aumento da erosão nas estradas e acessos

Localização de estradas, corpos d’água, áreas com susceptibilidade à erosão

Carreamento/assoreamento nos cursos d´água

Localização de áreas alagadas, corpos d’água, áreas com susceptibilidade à erosão

Perda de área agricultável ou reflorestamento

Localização de áreas agrícolas, áreas com potencial agrícola, silvicultura

Início/aceleração de processos erosivos

Localização de áreas com susceptibilidade à erosão, mapa de declividade

Fragmentação de habitats florestais

Localização de ambientes sensíveis, ambientes preservados, áreas legalmente protegidas, áreas prioritárias para conservação

Perda de habitats para fauna e flora

Localização de ambientes sensíveis, ambientes preservados, áreas legalmente protegidas, áreas prioritárias para conservação

A metodologia que seleciona os corredores preferenciais para a implantação de linhas de transmissão abrange 5 etapas:

  1. Seleção da Área de Estudo, dos Temas (as camadas que entram na análise) e dos Elementos de Avaliação (classes que recebem valor);
  2. Definição dos Valores de Atrito e dos Pesos dos Temas;
  3. Criação da Superfície de Atrito;
  4. Análise Direcional de Atrito Acumulado;
  5. Seleção de Corredor.

Os principais impactos socioambientais decorrentes da instalação de linhas de transmissão, são temas relevantes para compor a análise: rodovias, hidrografia, áreas urbanas, dutos, uso do solo e cobertura vegetal, declividade do terreno, susceptibilidade à erosão, áreas protegidas, aeroportos, exploração mineral, sítios históricos e arqueológicos etc.

Para definição dos valores de atrito dentro de um tema ou camada é usada uma escala entre 0 e 9, sendo “0” o valor referente a ausência de conflito com a implantação do empreendimento e “9” referente a um conflito muito forte com a implantação do empreendimento:

Feições Graduadas

Interferência

Proximidade

Rodovia

 

 

Áreas até 5 km das vias

 

0

Áreas entre 5 e 20 km das vias

 

5

Áreas acima de 20 km das vias

 

9

Uso do Solo

 

 

Água

9

 

Área Urbana

9

 

Agricultura

5

 

Pasto

3

 

Vegetação Natural

7

 

A partir dos critérios definidos os cálculos são realizados da seguinte forma:

  1. com a atribuição de valores de atrito, para cada local da área de estudo existem n valores de impedância (I), tantos quantos forem os temas superpostos;
  2. a seguir são definidos os pesos (p) dos temas ou camadas, que podem ser todos iguais; ou sua soma pode ser igual a 100 (pesos diferenciados);
  3. o valor do atrito resultante por pixel é calculado pela soma destes n valores:

Atrito = p1*I1 + p2*I2 +  … + pn*In;

  1. Obtém-se, assim, uma superfície, chamada superfície de atrito, onde cada pixel traduz a concepção do que, do ponto de vista socioambiental, deve ou não ser evitado quando se projeta uma linha de transmissão.

Utiliza-se a função CostDistance sobre a superfície de atrito gerada para produzir superfícies que apresentam, por pixel, o menor somatório de atritos entre um determinado ponto (A,B, etc..) e qualquer ponto da superfície. Nas figuras abaixo, a escala de atrito varia do azul (menor) para o vermelho (maior).

Figura 1 – Superfícies de atrito.

Após terem sido produzidas as superfícies de atrito direcional acumulado, utiliza-se a função Corridor, dentro do tópico Distance, da extensão Spatial Analyst, para obter uma superfície denominada “Corredor”, onde a soma dos atritos em relação aos pontos extremos é a menor possível.

Figura 2 – Seleção de corredor

Variando a importância dos diferentes temas considerados, por meio do ajuste dos seus pesos na síntese entre os temas, é possível definir alternativas de corredor e realizar análises de sensibilidade para auxiliar a tomada de decisão ou mostrar a robustez da alternativa selecionada:

Temas ou Camadas

Teste 1

Teste 2

Teste 3

Rodovias

0,05

0,10

0,20

Linhas de Transmissão Existentes

0,50

0,10

0,05

Áreas Especiais

0,05

0,20

0,50

Uso do Solo e Cobertura Vegetal

0,20

0,50

0,20

Declividade do Terreno

0,20

0,10

0,05

Os resultados obtidos são mostrados na figura a seguir, onde foi possível produzir e visualizar com rapidez uma alternativa que privilegia: 1) o paralelismo com linhas existentes; 2) a tipologia de uso do solo na região; 3) o afastamento das áreas especiais e a proximidade com os acessos.

Figura 3 – Alternativas para o corredor

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